Alda do Espírito Santo, escritora de São Tomé e Príncipe

Alda do Espírito Santo, escritora de São Tomé e Príncipe
Alda do Espírito Santo, de São Tomé e Príncipe

Amílcar Cabral, escritor de Guiné-Bissau

Amílcar Cabral, escritor de Guiné-Bissau
Amílcar Cabral, escritor de Guiné-Bissau

Pepetela, escritor de Angola

Pepetela, escritor de Angola
Pepetela, escritor de Angola

Mia Couto, escritor de Moçambique

Mia Couto, escritor de Moçambique
Mia Couto, escritor de Moçambique

Alda Lara, escritora de Angola

Alda Lara, escritora de Angola
Alda Lara, escritora de Angola

Armênio Vieira, escritor de Cabo Verde

Armênio Vieira, escritor de Cabo Verde
Armênio Vieira, escritor de Cabo Verde

Agostinho Neto, escritor de Angola

Agostinho Neto, escritor de Angola
Agostinho Neto, escritor de Angola

Agualusa, escritor de Angola

Agualusa, escritor de Angola
Agualusa, escritor de Angola

sábado, 6 de março de 2010

Lei 10 639/03 aplicada no Brasil: literaturas africanas na escola

Olá, acadêmicos.
A Lei 10 639, de 9 de Janeiro de 2003, revista pela Lei Ordinária nº 11 645,de 10 de março de 2008, na verdade altera e complementa a Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, que Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei máxima da educação no Brasil, portanto.

As duas leis que alteram a LDB o fazem no sentido de incluir os segmentos indígena e afro-descendente da população brasileira, relegados por muito tempo a papel secundário a partir da própria legislação educacional. Para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do estudo da história e cultura das populações afro-brasileira, africanas e indígena o governo Lula estabeleceu essa legislação e o Conselho Federal de Educação emitiu o Parecer CNE/CP Nº 3/2004, em 10.3.2004, e a Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, que regulamentam as alterações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional traçando as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico -Raciais e para o Ensino de História e Culturas Afro-Brasileira e Africana.

Este conjunto jurídico busca cumprir o estabelecido na Constituição Federal nos seus Art. 5º, I, Art. 210, Art. 206, I, § 1º do Art. 242, Art. 215 e Art. 216, bem como nos Art. 26, 26 A e 79 B da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que asseguram o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garantem igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos os brasileiros.

A Resolução do CNE diz respeito à capacitação de professores pelas instituições de ensino superior, ao tratamento temático e disciplinas relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Culturas Afro-Brasileira e Africanas, em todos os níveis e modalidades da Educação Brasileira.

O cumprimento das referidas http://www.embcv.org.br/portal 06/03/2010 21:30:15 - 5 Diretrizes Curriculares, por parte das instituições de ensino, será considerado na avaliação das condições de funcionamento do estabelecimento. A implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Culturas Afro-Brasileira e Africanas constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o planejamento, execução e avaliação da Educação, e têm por meta, promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica brasileira, buscando relações étnico-sociais positivas, rumo à construção de nação democrática.

A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira. O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros e africanos, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias, asiáticas.

O ensino sistemático de História e Culturas Afro-Brasileira e Africanas na Educação Básica refere-se, em especial, aos componentes curriculares de Educação Artística, Literatura e História do Brasil. Os sistemas de ensino tomarão providências no sentido de garantir o direito de alunos afro-descendentes de freqüentarem estabelecimentos de ensino de qualidade, que contenham instalações e equipamentos sólidos e atualizados, em cursos ministrados por professores competentes no domínio de conteúdos de ensino e comprometidos com a educação de negros e não negros, sendo capazes de corrigir posturas, atitudes, palavras que impliquem desrespeito e discriminação. Esta estrutura, que não é divulgada com a ênfase que deveria, já está a ser implantada nas escolas, desde a educação fundamental. As universidades, públicas e provadas, têm tentado abrir espaço para a aplicação da LDB e legislação correlata, formando os professores que atuarão em todos os níveis educacionais, mas considero que ainda estamos em tempos de implantação e há um caminho a percorrer – e devemos fazê-lo rapidamente, sobretudo as universidades, que formam os quadros que atuarão nos níveis subseqüentes do ensino. É preciso que a sociedade civil se sensibilize e cobre da universidade e das escolas a efetiva aplicação do conjunto jurídico referido.

Seja bem-vindo a este espaço literário, das letras africanas!

FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS - Funorte
Curso de Graduação em Letras Português/Espanhol

Olá, Turma! Seja muito bem-vinda neste espaço reservado a leituras das Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa. Aqui, discutiremos Literatura, História e Memória Cultural dos países africanos lusófonos.
Desejo uma feliz e brilhante travessia !
Abraço,
Profa. Generosa Soutto.

PLANO DE ENSINO

DISCIPLINA:Literaturas Africanas de expressão portuguesa
PROFESSORA:Dra. Maria Generosa Ferreira Souto
CARGA HORÁRIA Semestral: 36 - Semanal:02 -Período:8º Semestre/1º/2010

EMENTA

Apresentação das Literaturas Africanas escritas em Português (angolana, cabo-verdiana, guineense, moçambicana e santomense). Características comuns à sua gênese bem como vários temas que as percorrem de modo transversal. Particularidades do contexto específico de cada uma delas e autores e textos considerados mais relevantes. Vigência destas literaturas durante o período colonial e focalização de temas e questões literárias mais recentes. Dialogismo entre literaturas.


OBJETIVOS

• Compreender a cultura na visão de Sartre, Bosi e Antonio Candido. África e habitantes. Sociedade. Contexto histórico e breve panorama da literatura de: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
• Estudar as Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) através da leitura e análise das obras dos mais representativos autores dos países referidos.
• Estudar a História e a Cultura Afro-Brasileira, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.
• Destacar a obra de um autor africano de Língua Portuguesa para estudá-la isolada e aprofundadamente, daí resultando monografias discentes. dentre um dos seguintes escritores: Castro Soromenho, Pepetela, Mia Couto, Luandino Vieira, Agostinho Neto, Noêmia de Sousa, José Eduardo Agualusa, Costa Andrade, José Craveirinha e Germano Rodrigues.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

I. Questões de Enquadramento
1. Questões de ordem terminológica: reflexão crítica em torno da designação “Temas das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa”;
2. Imagens de África (estereótipos, clichés, visões unilaterais e visões plurais);
3. Aspectos marcantes da colonização portuguesa;
4. Cultura colonial (e/ou colonialista) e culturas nativas;
5. A questão da(s) língua(s): portuguesa e locais;
6. Oralidade (a voz) vs escrita (a letra).
II. Temas selecionados
1. Escravatura;
2. Guerra;
3. Identidade e alteridade;
4. Infância e Velhice;
5. Memória e sabedoria ancestrais;
6. Mestiçagem;
7. Migrações;
8. Mitos;
9. Negritude;
10. O contrato (o contratado);
11. Urbanidade e ruralidade.

Observação: Estes temas serão estudados sobretudo a partir de narrativas breves (contos e novelas) e de textos de poesia.

ESTRUTURA DE APOIO

-Quadro e giz; Retroprojetor; Datashow; Livros; Textos xerografados; TV/Vídeo.

METODOLOGIA
• Aulas teóricas, com exposição dos conteúdos programáticos pelo docente, podendo, em certas circunstâncias, revestir-se de caráter teórico-prático.

Aulas práticas, com análises e comentário de textos literários e de textos críticos relativos à matéria exposta nas aulas teóricas, que poderão assumir a forma de debates ou de trabalhos realizados individualmente ou em grupo.

Sessões de orientação a textos escritos em formato de artigo, com acompanhamento personalizado e sistemático dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes.
• Seminários temáticos;
• GVGO;
• Painel integrado.

AVALIAÇÃO
PONTOS TIPO
10,0 Avaliação Diagnóstica (oral e escrita)
10,0 Avaliação Formativa (objetiva escrita)
20,0 Avaliação Somativa (objetiva e subjetiva/discursiva)
10,0 Artigo

BIBLIOGRAFIA

BÁSICA

LARANJEIRA, Pires (com Inocência Mata e Elsa Rodrigues dos Santos. Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta, 1995.
LEÃO, Angela Vaz (Org.), Contatos e Ressonâncias: Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, BeloHorizonte: Editora PUCMINAS, 2003.
FERREIRA, Manuel, O Discurso no Percurso Africano I, Lisboa: Plátano, 1989.
COUTO, Mia. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2003. P. 246.
___________Estórias Abensonhadas. Lisboa: Caminho, 2003.

COMPLEMENTAR

CHEVALIER, Jean, GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. 16ª ed. RJ: José Olympio. P. 688.
COUTO, Mia. «O embondeiro que sonhava pássaros». Cada homem é uma raça. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1988. P. 63.
_________Contos do Nascer da Terra (1ª ed. da Caminho, em2002.
_________Na Berma de Nenhuma Estrada (1ª ed. da Caminho em 2003.
____________O Fio das Missangas (1ª ed. da Caminho em 2004.
MATA, Inocência – Bendenxa (25 poemas de São Tomé e Príncipe para os 25 anos de Independência) , Lisboa, Ed. Caminho, 2000
TENREIRO, F.J. e ANDRADE, Mário – Poesia Negra de Expressão Portuguesa, Lisboa, ALAC
MATA, Inocência. Literatura Angola: Silêncios e Falas de uma Voz Inquieta. Luanda: Kilombelombe, 2001.