Alda do Espírito Santo, escritora de São Tomé e Príncipe

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Amílcar Cabral, escritor de Guiné-Bissau

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Pepetela, escritor de Angola

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Mia Couto, escritor de Moçambique

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Alda Lara, escritora de Angola

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Armênio Vieira, escritor de Cabo Verde

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Agostinho Neto, escritor de Angola

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Agualusa, escritor de Angola

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sexta-feira, 4 de junho de 2010

CABO VERDE

Acadêmicas: Dilvanir, Flávia, Jacqueline, Jéssica, Norma e Vanessa

Cabo Verde é um país africano, arquipélago, de origem vulcânica, constituído por dez ilhas. Está localizado no Oceano Atlântico, a 640 km a oeste de Dacar, Senegal. As primeiras ilhas do Arquipélago de Cabo Verde teriam sido descobertas em 1456 por Diogo Gomes e Alvise Cadamosto, e as seguintes em 1461 por Diogo Gomes e António Noli ao serviço da coroa portuguesa, que encontraram as ilhas desabitadas e aparentemente sem indícios de anterior presença humana. Começaram a ser colonizadas por Portugal por meio do sistema de Capitanias hereditárias dois anos mais tarde, trazendo escravos da costa da África para plantar algodão, árvores frutíferas e cana-de-açúcar para a ilha de Santiago. Nessa ilha fundaram a cidade de Ribeira Grande, que se tornou muito importante para o comércio de escravos. A importância da cidade cresceu de tal maneira que, em 1541, foi atacada por piratas e, em 1585, pelo corsário Inglês Francis Drake. Depois de um forte ataque pirata francês, no ano de 1712, a cidade foi abandonada.
A posição estratégica das ilhas nas rotas que ligavam Portugal ao Brasil e ao resto da África contribuíram para o fato dessas serem utilizadas como entreposto comercial e de aprovisionamento. Abolido o tráfico de escravos em 1876, o interesse comercial do arquipélago para a metrópole decresceu, só voltando a ter importância a partir da segunda metade do século XX. No entanto já tinham sido criadas as condições para o Cabo Verde de hoje: europeus e africanos uniram-se numa simbiose, criando um povo de características próprias.

POLÍTICA

Cabo Verde é uma república democrática semipresidencialista (parlamentarismo mitigado), com regime multipartidário. O governo é baseado na constituição de 1980, que institui o regime de partido único, revista em 1990 para introduzir o multipartidarismo e em 1992 para ajustá-la na totalidade com os valores da democracia multipartidária. As eleições são presidenciais (para eleger o Presidente da República) e legislativas (para eleger os deputados nacionais), que são eleitos para mandatos de cinco anos. O presidente do partido com maioria na Assembleia Nacional (Parlamento) é empossado como Primeiro-ministro. Apesar de ainda não haver ocorrido, há a possibilidade de o Presidente da República ser de um partido e o Primeiro-ministro de outro.
O Presidente da República, a Assembleia Nacional e o Conselho Superior da Magistratura Judiciária (esses também eleitos pela Assembleia Nacional) participam na eleição dos membros do Supremo Tribunal da Justiça.
Cabo Verde é uma República soberana, unitária e democrática, que garante o respeito pela dignidade da pessoa humana e reconhece a inviolabilidade e inalienabilidade dos Direitos do Homem como fundamento de toda a comunidade humana, da paz e da justiça.
A República de Cabo Verde reconhece a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, sem distinção de origem social ou situação econômica, raça, sexo, religião, convicções políticas ou ideológicas e condição social e assegura o pleno exercício por todos os cidadãos das liberdades fundamentais. A República de Cabo Verde assenta na vontade popular e tem como objetivo fundamental a realização da democracia econômica, política, social e cultural e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
A República de Cabo Verde criará progressivamente as condições indispensáveis à remoção de todos os obstáculos que possam impedir o pleno desenvolvimento da pessoa humana e limitar a igualdade dos cidadãos e a efetiva participação destes na organização política, econômica, social e cultural do Estado e da sociedade cabo-verdiana.


A Pobreza e a Desigualdade em Cabo Verde

Os índices de Foster que medem a pobreza relativa dizem-nos que as pessoas que caíram em situação de pobreza em Cabo Verde foram em número superior aos que saíram de tal situação. Essa evolução verifica-se, sobretudo no caso da população rural, embora uma parte do crescimento da pobreza urbana também possa ser atribuído às migrações da população rural para as cidades.
Na verdade, a proporção de pobres na população aumentou de 30 para 37% e a de muitos pobres cresceu de 14 para 20%. A pobreza extrema é sobretudo rural, onde vivem 68% dos muito pobres. Na última década assistiu-se a um aumento mais rápido da pobreza extrema nas zonas urbanas. Esta aumentou de 7% de muito pobres urbanos para 12% na década de 90. No mesmo período, a pobreza extrema rural passou de 23% para 30% dos rurais. A estas tendências não serão estranho o processo de emigração para os centros urbanos observado ao longo da década. A pobreza acaba por ser uma síntese de vários temas, como a situação nutricional da população, as condições de habitação e o acesso aos equipamentos e serviços coletivos, as características econômicas da população e o rendimento e despesas dos agregados familiares assim como as características sócio-demográficas dos agregados familiares.

Exercício do Poder Político

O poder político é exercido pelo povo através do referendo, do sufrágio e pelas demais formas constitucionalmente estabelecidas. Para além da designação por sufrágio dos titulares dos órgãos do poder político, estes poderão ser também designados pelos representantes do povo ou pela forma constitucional ou legalmente estabelecida.

CULTURA/COSTUMES/TRADIÇÃO

A cultura de Cabo Verde é caracterizada por uma mistura de elementos europeus e africanos. Isso se deu através de um intercâmbio que iniciou há 500 anos. Fazem parte da cultura/costumes/tradição de Cabo Verde: as Artes (Artesanato, Literatura, Música, Artes Plásticas), Língua, Religião, etc. Todos esses elementos têm grande importância para a cultura cabo-verdiana. Na música, por exemplo, os cabo-verdianos expressam através dos ritmos e dança; a alegria, raízes, vivacidade e, enfim, a cultura do seu povo. Para cada Ilha existem ritmos típicos, e outros comuns a todas, mas a alma de Cabo Verde é sempre lembrada em cada uma das músicas. Dos Gêneros musicais existentes, como: Morna, Coladeira, Batuque, Mazurca, Funaná e outros, há de se destacar o Morna e o Funaná. Este é um ritmo tradicional que traz toda a expressão de uma musicalidade saudável e quente. O 1º é um dos mais conhecidos estilos musicais de Cabo Verde, nasceu de um encontro entre o Fado (canção popular portuguesa) e os ritmos africanos; canta o amor, o sofrimento e a nostalgia do povo de Cabo Verde e é a expressão mais fiel da sua alma.
Quanto às festas tradicionais, todas as ilhas celebram em Fevereiro o carnaval; em Abril é comemorado a festa da Bandeira de São Filipe (Fogo); o Festival da Gamboa pelas festas da Cidade da Praia (Santiago) acontece no mês de Maio; em Junho acontecem as festas tradicionais de São João e Santo António (Brava, Santo Antão e São Nicolau); a tabanka precede o São João (Santiago e Maio); em Agosto o Festival da Baía das Gatas (São Vicente), evento musical com projeção internacional; e o Festival de Música de Santa Maria (Sal), incluído na festa do Dia do Município (Nossa Senhora das Dores), realiza-se em Setembro.

RELIGIÃO

Em Cabo Verde professa-se a Religião Cristã, majoritariamente a Católica Romana, que tem um percentual de 90% da população de seguidores. Outras denominações cristãs também estão implantadas em Cabo Verde, com destaque para os protestantes da Igreja do Nazareno que é a maior denominação protestante. Há também outros grupos religiosos como o da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mormons), a Congregação Cristã em Cabo Verde, Assembleia de Deus, Testemunhas de Jeová e outros grupos pentecostais e adventista. Há pequenas minorias muçulmanas e da Fé Bahá'í. A Igreja Universal do Reino de Deus também tem seguidores em Cabo Verde. O número de ateus é estimado em menos de 1% da população. A liberdade de religião é garantida pela Constituição e respeitada pelo Governo. Há bom relacionamento entre as diversas confissões religiosas, não havendo nenhum relato no Governo de abusos sociais ou discriminação com base na crença religiosa ou prática.


LITERATURA

A cultura cabo-verdiana tem o seu coração pulsando na poesia, espelhada nas mornas, nas histórias de sabor popular e nas novelas, sua alma gira em torno da "sodade", termo que deriva da "audade" portuguesa.
O primeiro movimento poético cabo-verdiano eclodiu em 1890, não refletindo ainda, propriamente, sobre a identidade cabo-verdiana, mas como estrita, derivação do gosto português. O movimento nasceu em São Nicolau, à época, o centro intelectual de Cabo Verde. Este período, dito clássico, durou até 1930. O compositor e poeta Eugénio Tavares, que recriou e popularizou a morna, introduzindo as letras da música em crioulo, foi um ilustre representante desta corrente literária.
Em 1936 um novo movimento literário veio substituí-lo. Estava centrado na revista literária "Claridade" e tinha como ponto de referência a cultura Crioula e as condições de vida da população. Baltazar Lopes, Jorge Barbosa e Manuel Lopes, três nomes fundamentais da literatura das ilhas, introduziram um novo estilo no labor poético, refletindo sobre o paradoxo que sempre atormentou o cabo-verdiano e que consiste no desejo de sair quando é forçado a ficar e no desejo de ficar quando é obrigado a partir.
Atualmente, os escritores cabo-verdianos estão ocupados em recriar o seu enraizamento africano. Entre eles destacam-se Germano de Almeida e Corsino Fortes. Escritores que destacam: Manoel Lopes, Germano de Almeida, Luís Romano de Madeira Melo, Orlanda Amarílis, Jorge Vera Cruz Barbosa, Pedro Cardoso, José Lopes, Mário José Domingues, Daniel Filipe, Mário Alberto Fonseca de Almeida, Corsino Antônio Fortes, Arnaldo Carlos de Vasconcelos França, Antônio Aurélio Gonçalves, Aguinaldo Brito Fonseca, Ovídio de Sousa Martins, Henrique Teixeira de Sousa, Osvaldo Osório, Dulce Almada Duarte, Filinto Elísio, Manoel Veiga.
Poetas como: Sérgio Frusoni, Eugénio Tavares, B. Léza, João Cleofas Martins, Ovídio Martins, Jorge Barbosa, Corsino Antônio Fortes, Baltasar Lopes da Silva, Osvaldo Alcântara, José Lopes, Pedro Cardoso, Manoel Lopes, António Nunes, Agnaldo Fonseca, Teobaldo Virgílio, Gabriel Mariano, Ovídio Martins, Onésimo Silveira, João Vário (Timóteo Tio Tiofe), Osvaldo Osório, Armênio Vieira, Vadinho Velhinho, José Luís Tavares, Vera Duarte, Gabriel Mariano, Amílcar Cabral, Arthur Vieira, etc.
Obras Literárias Célebres:
• Chiquinho de Baltasar Lopes da Silva;
• Os Flagelados do Vente Leste, Chuva Braba de Manuel Lopes;
• O Testamento do Senhor Napomuceno da Silva Araújo de Germano de Almeida;
• Revista Claridade, Hora di Bai de Manoel Ferreira.

CULINÁRIA

Não podemos dizer que os países africanos possuem uma culinária típica de todo continente, porque o país sofreu várias influencias culinária quando foi colonizado e que hoje está presente em sua gastronomia.
Vamos destacar aqui a culinária cabo-verdiano que é uma gastronomia caracterizada por várias combinações de produtos populares e que faz parte também da culinária brasileira como: milho, feijão, batata doce, mandioca, peixes e carnes bovinas e suínas e outras, enriquecidos pelos sabores dos licores e doces tradicionais.
A situação geográfica do arquipélago propicia uma culinária rica em peixe e mariscos. Um prato muito apreciado em Cabo Verde é a sopa que é um caldo de peixe muito saboroso, as lulas guisadas, peixe seco do sal assado também são pratos apreciados pelos cabo-verdianos, porém o prato que caracteriza Cabo Verde é a Cachupa e a monchupa que é servido com a jagasida um arroz com ervilha.
Para servir acompanhado com café tem gufongo e bolinhos de milho fritos. Em cada prato é utilizado os temperos típicos de Cabo Verde, usam muito azeite de dendê e pimenta. Uma fruta muito apreciada é a marula. Os pratos mais apreciados pelos cabo-verdianos são: arroz pintado, batata-doce frita, bolinhos de mandioca com mel, fungi, funguim, fogo de banana (doce), lagosta com amendoim, lagosta com mancarra, lagosta frita, mareia de cebolada, pudim de queijo, salada de lagosta à moda de cabo Verde, xerém tradicional, mousse de manga, caldeirada de peixe, canja de galinha.


MÚSICA E DANÇA

A música de Cabo Verde é resultado de elementos europeus e africanos.


História da música cabo-verdiana

Durante a colonização portuguesa a administração só permitia a música eclesiástica, após o regime do Estado Novo e a independência foram ressurgindo novos gêneros musicais como o batuque, colá, coladeira, funaná, mozurca, morna.
Existem outros gêneros musicais que não são originários de Cabo Verde, mas ganhou características de lá como o lundum, mozurca, valsa, ao longo da história surgiu outras interpretações como bossa nova, cúmbia, hip-hop, reggae, rumba, samba, zouk.
Instrumentos: guitarra (violão), violas, cavaquinho (rebeca), piano, saxofone, clarinete, trompete, flauta, acordeão (gaita), tambores, outros instrumentos de origem africana o bombolom, cimboa, correpi, dondom. As musicas cabo-verdiano são prolíferas ao ponto de tomar o espaço de outras expressões artísticas do país cabo verde.
As músicas cabo-verdianas são dançadas mais em grupos ou em dois, são ritmos acelerados e sensuais.


REFERÊNCIA

WIKIPÉDIA. Disponível em: . Acesso em: 26/04/2010.

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