Alda do Espírito Santo, escritora de São Tomé e Príncipe

Alda do Espírito Santo, escritora de São Tomé e Príncipe
Alda do Espírito Santo, de São Tomé e Príncipe

Amílcar Cabral, escritor de Guiné-Bissau

Amílcar Cabral, escritor de Guiné-Bissau
Amílcar Cabral, escritor de Guiné-Bissau

Pepetela, escritor de Angola

Pepetela, escritor de Angola
Pepetela, escritor de Angola

Mia Couto, escritor de Moçambique

Mia Couto, escritor de Moçambique
Mia Couto, escritor de Moçambique

Alda Lara, escritora de Angola

Alda Lara, escritora de Angola
Alda Lara, escritora de Angola

Armênio Vieira, escritor de Cabo Verde

Armênio Vieira, escritor de Cabo Verde
Armênio Vieira, escritor de Cabo Verde

Agostinho Neto, escritor de Angola

Agostinho Neto, escritor de Angola
Agostinho Neto, escritor de Angola

Agualusa, escritor de Angola

Agualusa, escritor de Angola
Agualusa, escritor de Angola

quarta-feira, 23 de junho de 2010

GUINÉ-BISSAU

ACADÊMICO(A)S:

ANA PAULA GONÇALVES,DÉBORA ILDIÉLE GONÇALVES,MARIA IRENE ALVES,MICHEL JÚNEO,VIVIANE
WELMARA DIAS.

O país, Guiné-Bissau

Antes da chegada dos Europeus, a região da atual Guiné-Bissau constituía uma parte do reino de Gabu, tributário do Império Mali, partes do qual subsistiram até ao século XVIII. O primeiro navegador e explorador europeu a chegar à costa da atual Guiné-Bissau foi o português Álvaro Fernandes, em 1446.A vila de Bissau foi fundada em 1697, como fortificação militar e entreposto de tráfico de escravos. Mais tarde, viria a ser elevada a cidade e a capital, estatuto que manteve após a independência da Guiné-Bissau. Apesar de os rios e o litoral terem sido uma das primeiras áreas colonizadas pelos portugueses, o interior só foi explorado a partir do século XIX.

Estava prevista uma tendencial unificação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, inicialmente constituídos como Estados separados. O primeiro presidente da Guiné-Bissau foi Luís Cabral, irmão do falecido Amílcar. Segundo Jaime Nogueira Pinto, Luís Cabral até Outubro de 1974 ainda sob a soberania oficial portuguesa personificada por Carlos Fabião, mandou executar antigos elementos africanos das Forças Armadas Portuguesas que tivessem permanecido no país.

Em 1980, Nino Vieira (de seu nome completo, João Bernardo Vieira), um prestigiado veterano da guerra contra Portugal, destituiu Luís Cabral num golpe de Estado, a pretexto de o PAIGC estar dominado pela elite cabo-verdiana. Sintomaticamente, Cabo Verde, que começava a ressentir-se do encargo resultante da pobreza extrema da Guiné, aceitou com relativa rapidez a renúncia à unificação dos dois países e alterou até o nome do partido, na sua versão local, para PAICV (Partido Africano para a Independência de Cabo Verde).

Luís Cabral partiu para um exílio dourado em Portugal, onde afirma sentir-se em casa, mais do que no Cabo Verde das suas origens. Entretanto, na Guiné, eram postas em evidência valas comuns com os restos mortais dos antigos soldados portugueses de raça negra fuzilados em massa por ordem sua.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Raimundo Pereira, assumiu a presidência interina. Os partidos políticos guineenses marcaram eleições presidenciais antecipadas para 28 de Junho de 2009, que foram vencidas por Malam Bacai Sanhá.
Política

O PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), no poder na Guiné-Bissau sob a chefia do presidente Nino Vieira, começou em 1989 o esboço de um programa de reformas e liberalização política, abrindo caminho para uma democracia pluripartidária que incluiu a eliminação de vários artigos da Constituição pelos quais era privilegiado o papel de liderança do PAIGC. Foram ratificadas leis que permitiam a formação de outros partidos políticos, liberdade de imprensa, sindicatos independentes e direito à greve.
As primeiras eleições pluripartidárias para a presidência e o parlamento da Guiné-Bissau aconteceram em 1994. Logo após a guerra civil de 1998-1999, foram convocadas novas eleições, que levaram ao poder o líder oposicionista Kumba Yalá e o seu partido, PRS. O PRS ocupa atualmente 28 dos 102 assentos na Assembleia Nacional e 18 dos 25 gabinetes do governo. Yalá foi deposto num golpe pacífico em setembro de 2003. Henrique Rosa assumiu o posto interinamente.

A 1 de Março de 2009, Tagme Na Waie, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e antigo rival político de Nino Vieira, foi morto num atentado bombista. Alguns militares que lhe eram próximos suspeitaram, embora sem provas, que o presidente estivesse envolvido neste assassinato, atacaram o palácio presidencial e, na manhã seguinte, 2 de março de 2009, mataram Nino Vieira a sangue frio. A verdade é que Tagme Na Waie exigira repetidamente o desarmamento da milícia fiel a Nino Vieira e que tinha havido uma rápida escalada nas disputas pelo governo da Guiné-Bissau.
A transição da Guiné-Bissau para a democracia será complicada, devido à debilitação da sua economia, devastada pela guerra civil e pela constante instabilidade política. A 1 de Abril de 2010 assistiu-se a uma nova onda de instabilidade, com uma tentativa de golpe de estado com o objectivo de depor o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o CEMFA, tenente-general Zamora Induta.

Cultura

A Guiné-Bissau possui um património cultural bastante rico e diversificado. As diferenças étnicas e linguísticas produziram grande variedade a nível da dança, da expressão artística, das profissões, da tradição musical, das manifestações culturais.

A dança é, contudo, uma verdadeira expressão artística dos diversos grupos étnicos. Os povos animistas caracterizam-se pelas belas e coloridas coreografias, fantásticas manifestações culturais que podem ser observadas correntemente por ocasião das colheitas, dos casamentos, dos funerais, das cerimónias de iniciação.
O estilo musical mais importante é o gumbé. O carnaval guineense, completamente original, com características próprias, tem evoluído bastante, constituindo uma das maiores manifestações culturais do País. O músico José Carlos Schwarz é ainda hoje considerado um dos maiores nomes de sempre da música guineense.

Feriados e festas
01 de janeiro- Ano novo
20 de janeiro-Dia dos heróis
08 de março-Dia internacional da mulher
01 de maio-Dia do trabalho
03 de agosto-Dia dos mártires da colonização
24 de setembro-Dia da independência/festa nacional
13 de outubro-final do Ramadã/muçulmana.

Literatura de Guiné-Bissau


No país, não há autores independentes nem editoração privada. Os escritores quase exclusivamente reduzidos a poetas, jornalista e professores, vêm de uma campanha de uma luta nacional, onde o engajamento místico-revolucionário com a realidade.
Literatura, afinal, forjada pela história étnica local, pela história da revolução em controle dialético com a história da colonização. A literatura popular visa a expressão através dos mitos, fábulas, contos, tradição, danças, canções e provérbios. A literatura oral dos povos substitui o texto literário artesanal escrito. A dinâmica cultural viva alimenta-se de narrativas orais do tipo das que vamos apresentar, entra na memória coletiva e, portanto, no folclore, mesmo que contemporânea.

Os contos populares

Os fabulários ou histórias de animais ou apólogos de profundo intuito moralizante e também as narrativas de mitos cosmogônicos. Os contos narram a aventura do homem no espaço mítico dos irãs, uma espécie de demiurgos ou intermediários benefícios e maléficos que supervisionam o curso dos acontecimentos do mundo em relação aos homens. Há também contos antropocosmogênicos, aqueles que envolven na relação do homem com o universo.
Contos de animais, todas as histórias de animais têm intencionalidade educacional, exaltando a astúcia e a malícia como formas de equilíbrio para a vitória do fraco sobre o forte. Contos populares épicos e contos guerrilheiros, as tradições tribais do território guineense têm vasto repertório de contos populares abrangendo as vivências quotidianas e a luta pela sobrevivência das tribos. Como amostragem, apresentamos o texto escolhido de um narrador oral de Bissau. É canto de um guerreiro balanta:
Crioulo português
Quem quem
Quem cu tem terra? De quem é a terra
A n´s cu terra – A terra é nossa...


Canções religiosas

Guiné-Bissau é uma nação com larga plataforma animista 64%, seguida pela ideologia a religiosa islamita que dominara cerca de 35% da população. È fácil de entender o volume de cerimônias e de rituais com cânticos religiosos como pano de fundo. Devido ao caráter da tribo que não permite divulgação de seus segredos mágicos a elementos estranhos, não possuímos amostragem de canções usadas no fanado e em festas religiosas típicas.

Dentre os principais escritores

Filomena Embalo (da atualidade)
Fausto Duarte (romancista)
Juvenal Cabral e Fernando Pais Figueiredo (ambos ensaístas)
Maria Archer ( poetisa do exotismo)
Cônego Marcelino Marques de Barros (domínio da etnografia, nomeadamente “A literatura dos negros”)
A maior parte das obras tem um caráter histórico. Poetas guineeses: Vasco Cabral, Antônio Baticã, Amílcar Cabral, Helder Proença, Félix Sigar, Carlos Vieira, dentre outros. A produção poética era dominada por um cunho universalista, marcada pela contestação e incitação de luta.
Na prosa, em 1993 que aparece na literatura contemporânea bissauguineense. Foi Domingas Sami que inaugurou este estilo com uma recolha de contos. A escola, sobre a condição feminina na sociedade nacional, também tem Carlos Lopes, Carlos Edmilson Vieira, como atuais escritores de prosa.

Culinária

Guiné-Bissau possui uma rica gastronomia, mistura portuguesa e africana, no que se destacam os produtos do mar. Como curiosidade, o visitante tem a oportunidade de experimentar a carne de macaco. Entre os pratos mais típicos, há que mencionar o cachupa, carne de porco com milho, feijão e o arroz com peixe, frango ou vitela. O arroz é o cereal mais utilizado na comida, o caldo de amendoim é também umas das comidas típicas de Guiné-Bissau e é feito com amendoim moído, carne de boi e frango.

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