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Amílcar Cabral, escritor de Guiné-Bissau

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Pepetela, escritor de Angola

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Mia Couto, escritor de Moçambique

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Alda Lara, escritora de Angola

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Armênio Vieira, escritor de Cabo Verde

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Agostinho Neto, escritor de Angola

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Agualusa, escritor de Angola

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

MOÇAMBIQUE

Equipe:
Ailce Dejanine Oliveira - Allyson Cavalcanti-Amarildo Ribeiro-Francielle Pereira-Junea Malveira-Joseyell Dias-Maria José Acácio

Apresentação: O País

Moçambique localiza-se na Costa Sudeste do Continente Africano, tendo como limites a Leste o Oceano Índico, a Norte a Tanzânia, o Malawi e a Zâmbia, a Oeste o Zimbabwe e a África do Sul e a Sul este último país e a Suazilândia. Foi uma colónia portuguesa, que se tornou independente em 25 de Junho de 1975.

Moçambique tem uma população predominantemente rural, com uma percentagem de 23% dos seus habitantes em áreas urbanas. Maputo, a capital (ex-Lourenço Marques), no sul do país, e a cidade da Beira, no centro do país, têm os mais elevados índices de concentração de população urbana, representando o imenso mosaico cultural que é Moçambique. A língua oficial é o português, embora declarado como língua materna de apenas 5% da população, durante o censo de 1997. Das diversas línguas de origem bantu faladas nos país, as que cobrem um índice mais elevado de populações, enquanto língua materna são: emakua (1/3 da população); xisena,(1/4 da população); xitsonga (1/5 da população) e xitswa (1/8 da população).
Em termos administrativos, Moçambique está dividido em Províncias, estas em Distritos, que por sua vez se dividem em Postos Administrativos e estes em Localidades, o nível mais baixo de representação do Estado Central. A estas divisões juntam-se, desde 1998, 33 autarquias locais, denominadas Municípios. Moçambique está também dividido em 128 distritos.
Assim, Moçambique está dividido em 11 províncias, incluindo a cidade de Maputo que tem estatuto de província e governador provincial. Contudo, é muito frequente, mesmo a nível oficial, referir-se a Moçambique como tendo apenas 10 províncias, devido a não ser feita a separação entre a cidade e a província de Maputo.
As províncias são administradas por governadores nomeados pelo Presidente da República.

As onze províncias de Moçambique são:
1. Cabo Delgado
2. Gaza
3. Inhambane
4. Manica
5. Maputo (cidade)
6. Maputo (província)
7. Nampula
8. Niassa
9. Sofala
10. Tete
11. Zambézia

Bandeira

O significado das cores, segundo a constituição da República de Moçambique, é o seguinte: o vermelho simboliza a luta de resistência ao colonialismo, a Luta Armada de Libertação Nacional e a defesa da soberania; o preto o continente africano; o verde e o amarelo-dourado a riqueza do solo; o branco a paz; a estrela representa a solidariedade entre os povos, a arma AK-47 simboliza de novo a luta armada e a defesa do país e a enxada, a agricultura.

Contexto Histórico

Os povos primitivos de Moçambique foram os Bosquímanes. Entre os anos 200 a 300 DC, ocorreram as grandes migrações de povos Bantu, oriundos da região dos Grandes Lagos a Norte que empurraram os povos locais para regiões mais pobres a Sul.
No séc. XV, inicia-se a penetração portuguesa com a chegada de Pêro Covilhã às costas moçambicanas e o desembarque de Vasco da Gama na Ilha de Moçambique.
Desde 1502 até meados do séc. XVIII, os interesses portugueses em Moçambique ficam sob a administração da Índia Portuguesa.
De início, os portugueses criaram “feitorias” com objetivos meramente comerciais, seguindo-se a fixação no litoral, onde construíram, em 1505, a fortaleza de Sofala e, em 1507, a fortaleza na Ilha de Moçambique.
Só alguns anos mais tarde, na tentativa de dominarem as zonas produtoras de ouro, se aventuraram para o interior onde estabeleceram novas feitorias. Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de 10 anos, Moçambique tornou-se independente em 25 de Junho de 1975.

Política

Moçambique é uma república presidencialista cujo governo é formado pelo partido político com maioria parlamentar. As eleições são realizadas a cada cinco anos.
A Frelimo foi o movimento que lutou pela libertação desde o início da década de sessenta. Após a independência, passou a controlar exclusivamente o poder, aliada a seus antigos aliados comunistas, em oposição aos estados brancos vizinhos segregacionistas, África do Sul e Rodésia, que apoiaram elementos brancos recolonizadores e guerrilhas internas, situação esta que viria a se transformar em uma guerra civil de 16 anos. Samora Machel foi o primeiro presidente de Moçambique independente e ocupou este cargo até à sua morte em 1986.
A Frelimo permaneceu no poder até os dias atuais, tendo ganho por quatro vezes as eleições multi-partidárias realizadas em 1994, 1999, 2004 e 2009, mesmo com acusações de fraudes. A Renamo é o principal partido e a única força política de oposição com representatividade parlamentar.

Religião

Moçambique desde o século XVI, que é caracterizado por se um verdadeiro mosaico de religiões: Cultos Africanos, Islão, Cristianismo e Hinduísmo.

Cultos Africanos

A religião tradicional em Moçambique baseia a sua crença num ser supremo, conhecido por ser todo-poderoso e onipresente. Ao mesmo tempo esse deus e criador está distante, portanto usa os espíritos dos ancestrais como intermediários.
Devido ao passado violento de Moçambique, muitos dos espíritos são de mortos causados pelas guerras. Outros habitam em rios, quedas de água, florestas ou outros locais na natureza. Algumas florestas são particularmente sagradas – é proibido entrar ou usá-las para qualquer fim sem a permissão de um líder local. As florestas na Serra da Gorongosa têm sido conservadas através de um sistema tradicional, que entrega a responsabilidade de gerir áreas específicas a diferentes linhagens familiares. Enquanto várias pressões econômicas e sociais têm minado essa gestão nos últimos anos - colocando em risco as florestas - todos os visitantes têm de participar numa cerimônia que anuncia a sua chegada aos espíritos da montanha, ajudando-as a evitar azares durante a sua viagem, tais como perder-se ou magoar-se.
Além da cerimônia e variados rituais e tabus, a religião tradicional torna-se mais evidente quando alguém adoece. As pessoas doentes tomam normalmente medicamentos ocidentais - quando estão disponíveis - ou utilizam raízes e ervas, mas é aceite de uma forma geral que a maioria das doenças é provocada pelos amplos problemas sociais que perturbam os espíritos. O curandeiro reúne a comunidade. Depois de horas de cânticos, danças e batidas nos tambores centrados no membro doente do grupo, o curandeiro e o paciente alcançam determinados estados que lhes permite conversar com os espíritos, resolver os problemas e ajudar o paciente a curar-se.

Cristianismo

Esta religião, na sua interpretação católica, foi introduzida pelos portugueses, no século XVI. A primeira igreja foi erigida em Sofala (1505), e dois anos depois outra na Ilha de Moçambique. Pouco depois foram construídas misericórdias e hospitais (Sena, Moçambique). A difusão do cristianismo em Moçambique foi sempre muito difícil, dada a permanente falta de missionários.
Apenas a partir do século XIX, a Igreja Católica inicia uma ação mais sistemática, quer no campo da evangelização, quer no campo educativo. Para tal fundou-se em Portugal o seminário de Cernache do Bonjardim destinado a formar sacerdotes seculares para África e o Oriente, tendo-se promovido a ida também de outros missionários religiosos de diversos institutos (franciscanos, jesuítas, padres do Espírito Santo, salesianos, etc). Depois da Implantação República em Portugal (1910), esta ação decaiu bastante. Os republicanos são ativos combatentes do catolicismo, e não tardam em restringir a ação da igreja, nomeadamente no campo educativo. Os jesuítas são expulsos da região do zambézia. Com a ditadura (1926), as relações entre o Estado e a Igreja melhoram, o que possibilita o desenvolvimento da missionação em África e a consolidação da sua organização.
Após a Independência de Moçambique, em 1975, a Igreja Católica foi combatida pelo novo governo moçambicano, sendo nacionalizada a maior parte das suas escolas e outras instalações. O pretexto foi as suas alegadas ligações ao colonialismo português. A devolução destes recursos só começou a fazer-se depois do Acordo de Paz (1992) que pôs fim a uma longa guerra civil.
O catolicismo está dissiminado por todo o país. Moçambique conta atualmente com uma Universidade Católica.

Islão

Calcula-se que cerca de 10% da população moçambicana, sobretudo no norte e ao longo do litoral, seja seguidora do islão. Esta religião está presente em Moçambique desde pelo menos inicios do 2º. milênio. A sua difusão ter-se-á feito através da costa, por intermédio dos swahilis, cuja língua ainda hoje predomina na Tanzânia.
Até a 2º. Guerra Mundial o islamismo circunscrevia-se ao litoral norte, com excepção de uma bolsa no Niassa (tribo dos Ajauas). A partir daí regista-se uma difusão para sul e interior do território, sendo todavia o norte a região de maior implantação do Islamismo (tribos macuas e macondes).Quando rebentar a guerra de libertação, será nesta região que a Frelimo terá a sua maior base de apoio entre a população.
Nesta difusão do Islamismo teve um papel fundamental as confrarias sediadas na Ilha de Moçambique, mas também o clima criado pela reação contra a cultura Ocidental produzido pelos movimentos pan-islâmicos e pan-africanos. Nos anos 50 do século XX, o número de fieis rondariam os 600 mil. Nos anos 60 assistiu-se a um rápido crescimento do seu número, registando-se em 1974 já um total de 1,2 milhões. Em 1982, segundo números oficiais estimavam-se em 2.249 milhões.

Hinduísmo

Moçambique tem uma significativa comunidade Indiana/Hindu. A maioria de seus antepassados vieram para Moçambique cerca de 500 anos atrás. Morando há 500 anos em África, incluindo sob a influência do português durante sua colonização, a vibração da cultura indiana é ainda hoje evidente.
O texto dramático ainda não foi explorado pelos autores moçambicanos, o que significa que não existem autores de teatro em Moçambique.

Cultura

Moçambique possui uma rica tradição cultural de arte, cozinha, música e dança. Isto reflete a diversidade da história e valores familiares Moçambicanos que em conjunto criam as identidades do Moçambique moderno.
Moçambique possui uma longa tradição de coexistência de diferentes raças, grupos étnicos e religiosos. Ao contrário de muitos lugares no mundo, a diversidade cultural e religiosa raramente tem sido uma razão para conflitos em Moçambique. Por conseguinte, a guerra civil não foi um conflito entre grupos étnicos com tal.
Moçambique sempre se afirmou como pólo cultural com intervenções marcantes, de nível internacional, no campo da arquitetura, pintura, música, literatura e poesia.
Importante também e representativo do espírito artístico e criativo do povo moçambicano é o artesanato que se manifesta em várias áreas, destacando-se as esculturas dos Macondes do Norte de Moçambique.

Literatura

A Literatura de Moçambique é, geralmente, a literatura escrita em língua portuguesa - vulgarmente misturada com expressões moçambicanas -, por autores moçambicanos. É ainda muito jovem, mas já conta com exímios representantes como José Craveirinha, Paulina Chiziane e Mia Couto, sendo vital na exigente Literatura Lusófona.
A poesia é relativamente pouco procurada pelos autores moçambicanos, preferindo estes a prosa. No entanto, nesta categoria destacam-se brilhantes escritores como José Craveirinha, vencedor do Prémio Camões, Albino Magaia, associado à prestigiada Associação dos Escritores Moçambicanos, e o jovem Eusébio Sanjane. Seguem ambos um estilo poético inteiramente ligado ao ambiente tropical e rural do país. Todavia, a poesia moçambicana ainda é pouco influente na Literatura Lusófona.
Na prosa moçambicana - esta sim, embora jovem, considerada um elemento vital e prodigioso na Literatura Lusófona - destacam-se, primeiramente, Mia Couto, talvez o mais influente autor moçambicano, vencedor do Prémio União Latina de Literaturas Românicas de 2007 - de importância amplamente reconhecida, visto que alguns dos seus contos são lecionados nas escolas portuguesas -, seguidamente, José Craveirinha, o aclamado vencedor do Prémio Camões, Eusébio Sanjane, eleito Escritor do Ano de 2005 pela revista Tvzine, por votação popular, consagrando o seu sucesso junto do público, Paulina Chiziane, uma das mais promissoras escritoras da lusofonia, embora não tenha ganho ainda qualquer prémio, Eduardo White, associado à Associação dos Escritores Moçambicanos e um dos mais prestigiados escritores de Moçambique, Gulamo Khan, cuja obra só foi publicada numa antologia feita postumamente, e Reinaldo Ferreira, nacionalizado português, embora tenha nascido na antiga Lourenço Marques e tenha escrito toda a sua obra em terras moçambicanas.

Músicas e Danças
A música Moçambicana é uma das mais importantes manifestações culturais deste país. As danças nos seus locais de origem, tem como base cerimônias de rituais de puberdade, circuncisão, investidura de iniciados em poderes superiores, danças por ocasião de um casamento, e sobretudo em todas as cerimônias de exorcismo. O centro importante dos movimentos da dança moçambicana é o tronco e a vibração ágil e de todos os músculos da bacia e dos rins. Os movimentos das pernas servem ao transporte do corpo numa maneira rítmica de passos e saltos, mas com menos significado. Ainda menos importância têm os movimentos dos braços e das mãos, que simplesmente funcionam como contrabalanço do equilíbrio.

A dança moçambicana está profundamente enraizada na terra. É licito afirmar que na sua espontaneidade, são inseparáveis da música que tem geralmente como núcleo instrumental um ou mais tambores, uma base orquestral de timbilas, tambores e idiofones (chocalhos e o barulho dos escudos batendo no chão), e ainda o canto.

Os tambores são em alguns casos substituídos pelo bater de tábuas e de mãos, ou por outros instrumentos de ritmo (chocalhos, flautas ou instrumentos de cordas).
A música tradicional tem características "bantu" (grupo etnolinguístico localizado na África Subsariana, região do continente Africano a sul do deserto Saara) e é normalmente criada para acompanhar cerimônias sociais na forma de dança.
A música comercial tem raízes na parte tradicional e um dos tipos dessa música é a "Marrabenta", que já faz parte da alma Moçambicana + A Marrabenta, com o seu ritmo animado e as suas melodias arrebatadoras, conta através de uma subtil mistura, pequenos detalhes da vida quotidiana em Maputo e dos grandes eventos da história de Moçambique.
A marrabenta tornou-se um símbolo cultural nacional e uma referência identidária forte!

Culinária
A culinária moçambicana, devido à colonização ao longo dos séculos, é uma rica fusão de sabores, história e diferentes culturas de África, Oriente e Europa. Esta diversifica-se de região para região, sendo a do norte rica em pratos confeccionados à base de coco, mandioca e temperos típicos daquela região.
O caril é muito usado em toda a cozinha, do norte ao sul do país.
A base da alimentação moçambicana é o milho. A partir dele faz-se uma massa que no sul é chamada de ushwa, no centro e norte chima. Esta massa é acompanhada por molhos de vegetais, como a cacana e amboa, e também por mariscos, principalmente o camarão.

O peixe seco é também muito utilizado. Moçambique é rico em mariscos entre os quais o camarão, a lagosta, o caranguejo, o cava-cava e a amêijoa. Outros ingredientes típicos são o piri-piri, o gergelim, o amendoim, o caju e o coco.
Nas bebidas destacam-se as aguardentes destiladas, como a nipa e a katchulima. Também se fazem cervejas de milho, mapira, palmeira etc. Existem ainda os sumos de caju e canho.

FONTES:
http://www.turismomocambique.co.mz/index.aspx?menuid=1&lang=P
http://www.geotur.com/Destinos.aspx?GA=354#Gastronomia
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/mz.html
http://www.cplp.org/Moçambique.aspx?ID=27
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambique
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/mocambique/
http://www.gastronomias.com/lusofonia/mocambique.html

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